11/Jan/2021
Os futuros de milho fecharam em alta na sexta-feira (08/01) na Bolsa de Chicago, refletindo ajustes antes do relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que sai nesta terça-feira. A projeção para estoques de milho nos EUA ao fim de 2020/2021 deve ser reduzida. A expectativa é de que o USDA também reduza sua estimativa para a produção doméstica de milho. O vencimento março do grão subiu 2,25 cents (0,46%), para US$ 4,96 por bushel. O fortalecimento do petróleo, que melhora a competitividade relativa do etanol, contribuiu para os ganhos. Nos EUA, o biocombustível é feito principalmente com milho. O setor de etanol nos EUA está otimista em relação à vacinação contra a Covid-19 e seu possível impacto sobre o consumo de combustíveis. Preocupações com a safra da Argentina por causa do clima seco no país também deram suporte às cotações.
A Bolsa de Cereais de Buenos Aires relatou que o plantio de milho atingiu 85,3% da área prevista. A semeadura avançou 10,5 pontos porcentuais na semana, mas segue com atraso de 2,9 pontos porcentuais ante a temporada anterior. A Bolsa disse ainda que 12% da safra de milho tem condição boa ou excelente, em comparação a 17% na semana anterior. A parcela em condição normal se manteve em 65%. Os traders também continuam acompanhando a situação da oferta argentina. O governo do país suspendeu as exportações de milho até o fim de fevereiro, com o objetivo de garantir o abastecimento interno e conter a inflação. Porém, o setor agroindustrial apresentou ao governo dados mostrando que o abastecimento interno está garantido. O governo fará uma avaliação para possível liberação das exportações do grão.