15/Dez/2020
A comercialização de milho segue muito fraca no País. Os consumidores domésticos, que vinham balizando os preços no último mês, se abasteceram recentemente e têm estado menos presentes no mercado, tentando pressionar as cotações. Tradings também estão afastadas, inclusive porque a queda acumulada do dólar ante o Real em dezembro tira sua competitividade em relação a compradores do mercado interno. Mesmo negócios envolvendo volumes pequenos têm sido raros.
Em Mato Grosso, na região de Campo Verde, os consumidores do mercado interno indicam R$ 55,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque e pagamento em janeiro. A procura por milho, de pecuaristas e empresas de alimentos, está agora concentrada no embarque em janeiro e fevereiro do ano que vem. Poucas empresas exportadoras procuram adquirir o cereal. As grandes tradings estão fora do mercado. Para a 2ª safra de 2021, a indicação de compra é de R$ 43,00 por saca de 60 Kg CIF ou FOB, para embarque em julho e pagamento em agosto do ano que vem. Quanto à 2ª safra de 2022, a indicação de compra é de R$ 39,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em julho e pagamento em agosto de 2022.
No Rio Grande do Sul, na região de Passo Fundo, agroindústrias e granjas estão abastecidas de milho e com isso rodam poucos negócios. Quanto ao cereal futuro, da safra de verão (1ª safra 2020/2021), não há sequer indicação de preço. O preço, apenas nominal, girava em torno de R$ 70,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em fevereiro e pagamento no fim de fevereiro de 2021, estável em relação aos dias anteriores.