10/Dez/2020
As cotações do milho no Brasil cederam desde o início de novembro, com recuo médio de 9% no período. O câmbio, a redução das margens das empresas de proteína animal, que reduz as possibilidades de pagar preços maiores, e o aumento da disponibilidade do produto com a proximidade da colheita em algumas praças foram os responsáveis por este movimento. A perspectiva é de uma possível queda até o final do ano, com vendedores limpando os estoques para a chegada da safra de verão. Entretanto, as perdas estimadas para a safra no Rio Grande do Sul e Santa Catarina contribuem para consolidar a perspectiva de mercado bastante equilibrado no 1º semestre do próximo ano, o que tende a sustentar as cotações no mercado doméstico. Na Bolsa de Chicago (CBOT), os preços internacionais do milho devem seguir firmes no curto prazo diante do cenário de balanço apertado nos Estados Unidos e de mais um ano de déficit global, o que deve trazer os níveis de estoques no mundo para 290 milhões de toneladas, o menor patamar desde a safra 2014/2015. Esse número pode ser revisado para baixo diante das incertezas acerca da safra argentina, que está sendo plantada agora e que poderá ser afetada negativamente pelo La Niña, e também da safra brasileira.