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10/Dez/2020

Tendência de preços futuros do milho sustentados

As cotações internacionais do milho devem se manter firmes, diante do balanço de oferta e demanda apertado nos Estados Unidos e de mais um ano de déficit global, o que deve trazer os níveis de estoques no mundo para 290 milhões de toneladas, o menor patamar desde a safra 2014/2015. Mas o número ainda pode ser revisado para baixo, uma vez que persistem incertezas acerca da safra argentina e brasileira. Combustível adicional para os preços do milho na Bolsa de Chicago pode vir de um aumento das importações chinesas, em virtude de perdas climáticas no país e da recomposição do rebanho suíno.

Outro fator que pode sustentar os preços é o quadro mais favorável ao plantio de soja nos Estados Unidos em detrimento do milho por causa dos preços mais atrativos da oleaginosa. Se isso implicar em uma redução de área de milho, o balanço local poderá ficar ainda mais apertado na safra 2021/2022. Para o Brasil, é esperada queda nos preços até o fim do ano, com vendedores limpando estoques para a chegada da safra de verão de 2021, mas as perdas estimadas para a primeira safra no Rio Grande do Sul e Santa Catarina contribuem para consolidar a perspectiva de mercado bastante equilibrado no primeiro semestre do próximo ano, o que tende a sustentar as cotações no mercado doméstico.