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26/Nov/2020

Estimativas para o mercado de milho para 2021

Segundo o Rabobank, no estudo “Perspectivas para o Agronegócio Brasileiro 2021”, a China deve voltar com força às importações de milho. Entre 2010 e 2017, o país asiático acumulou estoques incentivando a produção local, mas a partir de 2016, deixou de estimular a produção e vem consumindo esses estoques. Em 2020/2021, a China teve perda de safra e os estoques devem cair para menos de 70% do consumo, que é o que o considerado seguro.

Então, a China deve entrar no mercado externo para comprar. A estimativa é que o gigante asiático importe 24 milhões de toneladas entre outubro de 2020 e setembro de 2021. Nos últimos dez anos, o país importou, em média, 3,8 milhões de toneladas. A maior demanda chinesa deve fazer com que o volume exportado pelos Estados Unidos aumente fortemente em 2020/2021. Antes, a expectativa era de que os Estados Unidos teriam o maior estoque em 30 anos, agora a percepção é de que terão o menor estoque de passagem desde 2013/2014.

Esse quadro, somado a uma safra norte-americana menor do que se esperava originalmente (a expectativa inicial era superior a 400 milhões de toneladas), deve levar os futuros da Bolsa de Chicago a ficarem entre US$ 4,30 e US$ 4,50 por bushel em 2021. No Brasil, a expectativa é de que sejam plantados 19,2 milhões de hectares (considerando as safras de verão e a 2ª safra) e que a produção total alcance 107,2 milhões de toneladas.

A área de milho vai se expandir, mas é preciso monitorar a produção de perto, principalmente com o atraso do plantio de soja, que pode fazer a 2ª safra de 2021 de milho ser semeada perto do fim da janela ideal ou fora dela. As exportações brasileiras devem ficar entre 36 milhões e 37 milhões de toneladas em 2021, com consumo doméstico entre 71 milhões e 72 milhões de toneladas no ano. O crescimento da produção de proteína animal e de etanol de milho devem impulsionar a demanda interna. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.