26/Nov/2020
Os contratos futuros de milho fecharam em baixa nesta quarta-feira (25/11) na Bolsa de Chicago. O contrato com vencimento em março, o mais líquido, recuou 5,00 cents (1,16%) e fechou a US$ 4,27 por bushel. O cereal foi pressionado pelos dados de estoques de etanol nos Estados Unidos. Levantamento semanal da Administração de Energia dos Estados Unidos (EIA) mostrou que o volume armazenado do biocombustível subiu ao maior nível desde o final de agosto. Na comparação semanal, a alta foi de 0,7%, passando para um total de 20,9 milhões de barris.
Os dados sinalizam a continuidade do avanço do novo coronavírus no país, com uma redução no consumo de combustíveis, o que pode levar a uma diminuição também da demanda por milho. Nos Estados Unidos, o etanol é feito principalmente à base do cereal. A produção do etanol norte-americano também avançou, chegando ao maior volume desde o final de março. Na semana encerrada em 20 de novembro, a alta foi de 2,62%, para 962 mil barris por dia. Para o longo prazo, a expectativa do Rabobank é que a China volte com força às exportações de milho.
Em 2020/2021, a China teve perda de safra e os estoques devem cair para menos de 70% do consumo, que é o que eles consideram seguro, então a China deve entrar no mercado externo para comprar. A estimativa é que o gigante asiático importe 24 milhões de toneladas entre outubro de 2020 e setembro de 2021. Nos últimos dez anos, o país importou, em média, 3,8 milhões de toneladas. Com isso, os estoques norte-americanos devem diminuir, o que contribui para impulsionar os preços dos futuros na Bolsa de Chicago. Em 2021, as cotações devem ficar entre US$ 4,30 e US$ 4,50 por bushel.