17/Nov/2020
Os contratos futuros de milho fecharam em alta nesta segunda-feira (16/11) na Bolsa de Chicago. As cotações dão continuidade ao movimento altista registrado na sessão anterior, impulsionadas pela sinalização de demanda externa aquecida e pela manutenção do clima seco na América do Sul. A ameaça climática da América do Sul e o grande programa de exportação de grãos dos Estados Unidos para a China estão sustentando os valores na Bolsa de Chicago. O vencimento março, que passou a ser o mais negociado, ganhou 4,75 cents (1,13%) e fechou a US$ 4,24 por bushel. As cotações do cereal continuam sendo influenciadas pela estiagem que atinge as regiões produtivas no Brasil, com a possibilidade de redução na produtividade e no volume da safra de milho safra de verão (1ª safra 2020/2021).
Traders acreditam que essa quebra levaria a um deslocamento da demanda externa para o cereal norte-americano. O plantio já encerrou nos três Estados da Região Sul do Brasil, mas a irregularidade de chuvas continua agravando a situação das lavouras. Em relação à demanda, as aquisições do cereal dos Estados Unidos pelo mercado externo continuam fornecendo novos impulsos aos preços. Apesar da ausência de reporte diário de venda de mais de 100 mil toneladas de milho nesta segunda-feira (16/11), o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou em seu relatório semanal de inspeção de grãos que o volume inspecionado de milho na semana até 12 de novembro registrou alta de 18,37% ante a semana anterior, para 817.476 toneladas.
Além disso, ao longo da sessão, o fortalecimento do petróleo nas bolsas internacionais também contribuiu com a valorização do milho. O desempenho positivo do combustível melhora a competitividade relativa do etanol, que, nos Estados Unidos, é fabricado principalmente com o cereal. Nesse ponto, entretanto, o mercado mantém as suas atenções voltadas para o avanço do coronavírus no país. Caso novas medidas restritivas sejam tomadas, o consumo de combustíveis pode se arrefecer, diminuindo também a demanda por milho. Investidores aguardam, portanto, que o relatório do dia 18 de novembro mostre uma elevação dos estoques de etanol nos Estados Unidos de até 150 mil barris, levando o total a 20,3 milhões de barris. Se os dados se confirmarem, será o nível mais alto para esses estoques desde agosto.