12/Nov/2020
Os contratos futuros de milho fecharam em baixa nesta quarta-feira (11/11) na Bolsa de Chicago, reagindo a um movimento de realização de lucros após a forte alta registrada na sessão anterior. As cotações também foram influenciadas pela previsão de clima mais úmido na América do Sul. A alta do petróleo no mercado internacional limitou as perdas, ao aumentar a competitividade relativa do etanol que, nos Estados Unidos, é produzido principalmente com milho.
O vencimento dezembro, o mais líquido, perdeu 5,75 cents cents (1,36%) e fechou a US$ 4,17 por bushel. Os futuros de milho e soja estão sob pressão, com traders de grãos vendendo contratos após as máximas de terça-feira (10/11). Na terça-feira (10/11), os futuros encerraram em alta de 3,8%, sustentados pelos dados do relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O USDA reduziu suas projeções de produção e estoque final do cereal na safra 2020/2021 de forma mais acentuada do que o esperado pelo mercado.
Quanto à produção, a estimativa foi cortada para 368,49 milhões de toneladas, ante 373,95 milhões de toneladas em outubro. Com relação aos estoqueis finais na temporada, a previsão foi reduzida de 55,04 milhões de toneladas para 43,23 milhões de toneladas. Em contrapartida, o USDA elevou a estimativa de volume para exportações em 2020/2021 para 67,31 milhões de toneladas, ante 59,06 milhões de toneladas no mês anterior.
As cotações do cereal também foram pressionadas por expectativas de chuvas em regiões produtoras do Brasil e da Argentina na próxima semana. A perspectiva de clima mais úmido pode limitar as altas recentes. O clima da América do Sul é fundamental para o milho e a soja nos próximos meses, mas nem todos os eventos do La Niña causam grandes perdas na safra. Chuvas importantes estão chegando a partes do Brasil na próxima semana e isso pode conter um pouco as altas do milho e da soja no curto prazo.