11/Nov/2020

Os contratos futuros de milho fecharam em forte alta nesta terça-feira (10/11) na Bolsa de Chicago, em reação aos dados divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em seu relatório mensal de oferta e demanda. O vencimento dezembro, o mais líquido, ganhou 15,50 cents (3,80%) e fechou a US$ 4,23 por bushel. O USDA reduziu suas projeções de produção e estoque final do cereal na safra 2020/2021 de forma mais acentuada do que o esperado pelo mercado. Quanto à produção, a estimativa foi cortada para 368,49 milhões de toneladas, ante 373,95 milhões de toneladas em outubro. Com relação aos estoqueis finais na temporada, a previsão foi reduzida de 55,04 milhões de toneladas para 43,23 milhões de toneladas.

Do lado da demanda, o governo dos Estados Unidos diminuiu a previsão de uso para ração e residual, de 146,69 milhões de toneladas para 144,78 milhões de toneladas. Em contrapartida, aumentou estimativa de volume para exportações em 2020/2021 para 67,31 milhões de toneladas, ante 59,06 milhões de toneladas no mês anterior. As projeções de uso para alimentação e sementes foram mantidas em 164,47 milhões de toneladas, assim como de volume para fabricação de etanol, em 128,3 milhões de toneladas. Com a elevação das estimativas de exportações de grãos dos Estados Unidos, os investidores devem monitorar com mais atenção os reportes de vendas externas do país e observar se China e outros países importadores farão compras que confirmem as expectativas.

Daqui para frente, os relatórios semanais de vendas para exportação serão muito importantes. Traders também questionam se o USDA virá a ajustar de forma mais acentuada suas projeções de demanda, tal qual fez com os dados de oferta neste mês. O USDA informou que exportadores dos Estados Unidos relataram vendas de 130 mil toneladas de milho para a Coreia do Sul, com entrega prevista para a temporada 2020/2021. A forte alta dos futuros dos grãos na Bolsa de Chicago pode não durar muito. O balanço de oferta e demanda do milho ainda não está excessivamente apertado, então provavelmente o milho pode ter menos ganhos do que a soja nos próximos meses.