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10/Nov/2020

Preços do milho estáveis com negociações lentas

Com produtores centrados em recuperar o atraso no plantio da soja, as negociações da oleaginosa e do milho continuam lentas no Brasil, sejam as do spot ou as antecipadas, envolvendo a produção futura. O avançado estágio de comercialização da safra atual e das próximas e os altos níveis de preços dão condições para o adiamento de novos acordos. Os compradores têm evitado indicar valores mais altos, apesar de continuarem precisando reforçar estoques.

Em Mato Grosso, na região de Nova Mutum, a oferta de milho da 2ª safra de 2020 e da 2ª safra de 2021 continua escassa, enquanto a procura segue aquecida. Há registro de negócios para consumidores domésticos a R$ 70,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata e pagamento à vista, e entre R$ 72,00 e R$ 73,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque imediato e pagamento em janeiro. De modo geral, o mercado está parado, porque o produtor está concentrado no plantio. Para a 2ª safra de 2021, a indicação é de R$ 46,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque em julho e pagamento em agosto.

Neste caso, o desinteresse de venda se explica porque os produtores querem ter melhor noção de qual será a janela de plantio do cereal e o quanto conseguirão colher, já que boa parte da produção futura está vendida. No Rio Grande do Sul, há poucos compradores interessados em milho, o que mantém as negociações praticamente travadas. Além disso, os preços indicados por vendedores afugentam as agroindústrias, que preferem buscar o grão em outras regiões, como Goiás e Paraná. Em relação ao milho futuro, não há referência de compra ou venda.