05/Nov/2020

A negociação de milho no Brasil segue bastante lenta. De modo geral, prevalecem no mercado fatores que vêm influenciando os negócios há semanas: demanda aquecida, especialmente por parte de consumidores domésticos, e produtores focados no plantio da soja. Além disso, boa parte da produção futura já foi vendida, o que dá tranquilidade a vendedores para aguardar. Em Mato Grosso, na região de Campo Verde, a comercialização está praticamente travada após o feriado, por causa da discordância de preços entre a ponta compradora e vendedora.

Em Campo Verde, a indicação de compra está entre R$ 68,00 e R$ 69,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque em novembro e pagamento em janeiro, para exportação. Em relação à comercialização antecipada da 2ª safra de 2021, a negociação também é lenta, já que os produtores venderam boa parte adiantada e preferem aguardar o plantio de soja e a janela para a semeadura da 2ª safra de milho do próximo ano. Os compradores indicam R$ 48,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em julho e pagamento em agosto de 2021.

No Paraná, na região norte, granjas da região e de Santa Catarina indicam R$ 76,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento em 10 dias. Os compradores de maior porte se dizem abastecidos, enquanto os menores seguem adquirindo milho pontualmente. Na região dos Campos Gerais, a indicação nominal de compradores está entre R$ 75,00 e R$ 76,00 por saca de 60 Kg, para entrega nas fábricas da região em novembro e pagamento em dezembro. Para negociação antecipada da safra de verão (1ª safra 2020/2021), os compradores indicam R$ 74,00 por saca de 60 Kg no Porto de Paranaguá, o que renderia R$ 71,00 por saca de 60 Kg, para retirada em Ponta Grossa e R$ 70,00 por saca de 60 Kg FOB no interior dos Campos Gerais, para embarque em fevereiro e pagamento em março.