04/Nov/2020
Os futuros de milho fecharam em alta nesta terça-feira (03/11) na Bolsa de Chicago. O vencimento dezembro, atualmente o mais líquido, avançou 0,88% e fechou a US$ 4,01 por bushel. Os negócios foram influenciados pelo otimismo no mercado de grãos relacionado às eleições nos Estados Unidos, assim como pelo recuo do dólar no mercado internacional, que aumenta a competitividade de commodities produzidas no país. A valorização do petróleo nas bolsas internacionais também contribuiu para os ganhos, ao melhorar competitividade relativa do etanol, que, nos Estados Unidos, é produzido com milho.
Os contratos de grãos já tinham encerrado com valorização na segunda-feira (02/11), sustentados por expectativas de traders quanto à eleição presidencial norte-americana. Até o momento, pesquisas de intenção de voto indicam vantagem do democrata Joe Biden sobre o presidente republicano Donald Trump, o que pode significar redução das disputas comerciais entre Estados Unidos e China e favorecer a comercialização de grãos norte-americanos. A incerteza quanto ao resultado das eleições também influenciou as cotações do dólar no mercado internacional, impulsionando as cotações. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) segue relatando novas vendas de milho.
Na segunda-feira (02/11), exportadores norte-americanos informaram venda de 204 mil toneladas de milho para destinos não revelados com entrega prevista para o ano comercial 2020/2021. A perspectiva de menor rendimento nas lavouras de milho dos Estados Unidos também contribuiu para os ganhos. A estimativa de produtividade pode ser reduzida levemente pelo USDA em seu próximo relatório mensal de oferta e demanda, que será publicado no dia 10 de novembro, embora não sejam aguardadas grandes mudanças no lado da oferta. A alta foi limitada pelo ritmo acelerado da colheita nos Estados Unidos. Segundo o USDA, os trabalhos de campo avançaram 10% na semana passada, com 82% da safra já colhida.