27/Out/2020
Os preços do milho seguem sustentados, com vendedores revisando constantemente o valor desejado pelo cereal. Quando surge oferta de lote, os consumidores domésticos não têm tido outra opção a não ser pagar o preço solicitado. A escalada das cotações se reflete no custo de produção de suínos e frangos. Com a possibilidade de trazer cereal de fora do Mercosul sem pagar tarifas, grandes compradores estudam se abastecer de milho importado, mas os pequenos granjeiros, sem estrutura para este tipo de operação, continuam dependentes do milho nacional. No Paraná, a escassez de milho na região dos Campos Gerais, que só colhe o cereal na safra de verão, restringe acordos já há algum tempo. Só ocorrem negócios pontuais aos preços indicados por vendedores. Enquanto grandes consumidores estão abastecidos, os pequenos granjeiros aceitam pagar valores cada vez mais altos.
Há registro de negócios pontuais a R$ 76,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata e pagamento curto. Quanto ao milho futuro, a indicação é de R$ 70,00 por saca de 60 Kg FOB Ponta Grossa, para retirada em fevereiro e pagamento em março de 2021, e R$ 73,00 por saca de 60 Kg colocada no Porto de Paranaguá, nos mesmos prazos. Há também indicação de R$ 68,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada no interior dos Campos Gerais. Em Mato Grosso, na região de Campo Verde, os compradores indicam R$ 70,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque e pagamento em novembro. Tradings indicam entre R$ 69,00 e R$ 69,50 por saca de 60 Kg, para embarque em novembro e pagamento em dezembro. Quanto à negociação antecipada da 2ª safra de 2021, a indicação de compra se mantém em R$ 50,00 por saca de 60 Kg FOB e CIF, para embarque em julho e pagamento em agosto do ano que vem.