22/Out/2020
Os futuros de milho negociado na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta quarta-feira (21/10), com especulações de que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) pode reduzir em novembro sua estimativa de produtividade para a safra norte-americana. Há relatos de que o peso por volume está abaixo do esperado em alguns casos, o que pode ter impacto sobre o rendimento nacional. O mercado se surpreendeu com a decisão do USDA de não reduzir a produtividade no relatório de oferta e demanda de outubro, e algumas áreas podem não estar tão boas quanto se imaginava.
Uma redução de produtividade no futuro não está descartada. Neste mês, o corte na estimativa de rendimento foi mínimo. O vencimento dezembro do grão avançou 5,00 cents (1,22%) e fechou a US$ 4,13 por bushel. O mercado também foi impulsionado pela depreciação do dólar ante as principais moedas, que torna commodities produzidas nos Estados Unidos mais atraentes para compradores estrangeiros. A alta dos preços internos na China, que pode resultar em maiores compras de milho norte-americano, contribuiu para os ganhos. Há rumores de que a passagem de um tufão tenha comprometido cerca de 5% da safra de milho da China, apesar das negações do governo. Na temporada atual, o país asiático comprou 16 milhões de toneladas de milho, sendo 9 milhões dos Estados Unidos.
Dados publicados nesta quarta-feira (21/10) mostraram queda da produção de etanol nos Estados Unidos, mas isso não mexeu com os preços do milho. No país, o biocombustível é feito principalmente com o grão. A Administração de Informação de Energia informou que a produção média de etanol foi de 913 mil barris por dia na semana encerrada em 16 de outubro, volume 2,56% menor do que o registrado na semana anterior, de 937 mil barris por dia. Os estoques do biocombustível no período caíram 0,3%, para 19,7 milhões de barris.