20/Out/2020
As cotações do milho continuam em trajetória de alta e os consumidores domésticos têm conseguido movimentar volumes pontuais. Os vendedores, contudo, continuam adotando a estratégia de fechar apenas pequenos negócios a cada avanço das cotações. Em algumas regiões, os valores indicados por tradings estão abaixo do mercado doméstico. Na Região Sul, a movimentação de lotes é muito rara, já que a oferta do cereal da safra de verão (1ª safra 2019/2020) é ainda mais restrita que a da 2ª safra de 2020 de outras regiões. Quanto à comercialização antecipada da 2ª safra de 2021, vem ocorrendo lentamente, também com incrementos graduais de preços.
Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, os compradores indicam R$ 65,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque imediato e pagamento em 30 dias. Há registro de negócios pontuais de São Gabriel do Oeste e Chapadão do Sul para o mercado de São Paulo a R$ 63,00 por saca de 60 Kg. Empresas consumidoras da Região Sul do País estão buscando milho no Estado, mas não encontram ofertas. As tradings indicam R$ 61,00 por saca de 60 Kg. Para a 2ª safra de 2021, a indicação é de R$ 50,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque em julho e pagamento em agosto do ano que vem. A maior parte da demanda vem do mercado doméstico. Os exportadores indicam R$ 55,00 por saca de 60 Kg CIF em ferrovia de Maringá (PR), valor que, descontado o frete, equivale a R$ 49,00 por saca de 60 Kg em Dourados.
No Rio Grande do Sul, praticamente não há lotes de milho no spot e, com isso, há alguns dias não são registrados negócios para o mercado interno ou exportação. Desta forma, as indicações são apenas nominais, em torno de R$ 65,00 por saca de 60 Kg FOB Passo Fundo, para retirada imediata e pagamento entre 30 e 45 dias. Como o mercado está com baixíssima liquidez, os preços têm se mantido no Estado. Indústrias e granjas que têm necessidade acabam trazendo o grão do Paraná e de Mato Grosso do Sul. No caso do milho da safra de verão (1ª safra 2020/2021), os compradores indicam R$ 71,00 por saca de 60 Kg CIF no Porto de Rio Grande, para embarque em fevereiro e pagamento no fim de março de 2021. Mesmo com a valorização do grão não há interesse de venda por parte do produtor ou sinalização de preço, nem no mercado interno nem para exportação.