20/Out/2020

Os futuros de milho fecharam em alta nesta segunda-feira (19/10) na Bolsa de Chicago, refletindo a forte demanda externa pelo grão norte-americano. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores relataram vendas de 468 mil toneladas de milho, sendo 345 mil toneladas para destinos não revelados e 123 mil toneladas para o México. A China não apareceu nos anúncios, mas houve boas vendas mesmo assim. O vencimento dezembro do grão avançou 3,25 cents (0,81%) e fechou a US$ 4,05 por bushel.

O desempenho também foi atribuído à forte alta dos preços domésticos na China, que pode levar o país a comprar mais milho dos Estados Unidos. Os futuros de milho na Bolsa de Dalian, na China, atingiram novos recordes, com o vencimento janeiro chegando a US$ 9,86 por bushel, uma alta de 15 cents. A recente alta dos futuros de milho na China será um fator de suporte para a Bolsa de Chicago, com traders aguardando novas compras de milho norte-americano. A possibilidade de que o Brasil compre milho dos Estados Unidos, após a suspensão temporária da tarifa sobre as importações de soja e milho de fora do Mercosul, contribuiu para os ganhos.

Além disso, há rumores de que a produção de milho na Ucrânia e na União Europeia ficará abaixo do esperado, por causa do clima seco em algumas regiões. Outro fator altista é o atraso do plantio de soja no Brasil, que pode afetar a safrinha de milho. Caso a soja seja colhida muito tarde, o milho 2ª safra de 2021 pode ser plantado fora da janela ideal. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 911.012 toneladas de milho foram inspecionadas para exportação na semana passada, aumento de 8,6% ante a semana anterior.