17/Set/2020
Mesmo nas regiões onde há milho disponível e recém-colhido, a comercialização segue a passos lentos, com produtores trancando o silo no aguardo de preços mais altos e de novas valorizações do dólar ante o Real, o que favorece a exportação. Em Mato Grosso, na região de Primavera do Leste, a comercialização de milho disponível está travada por causa da discordância de preços entre compradores e vendedores, mesmo com a safra recém-colhida. Os compradores indicam R$ 47,00 por saca de 60 Kg FOB para exportação, com retirada em outubro e pagamento no mesmo mês. Os vendedores desejam valores mais altos.
Os preços recuaram após o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que apontou uma safra norte-americana volumosa. Para a negociação antecipada da 2ª safra de 2021, a indicação é de R$ 37,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em junho/julho e pagamento em 30 de agosto de 2021, para exportação. Os produtores estão tentando aproveitar o máximo possível os preços em altos patamares e, com isso, não comercializam tanto. Os preços têm recuado em função da gradativa desvalorização do dólar ante o Real.
No Rio Grande do Sul, na região de Passo Fundo, a comercialização também está praticamente parada. No disponível, os compradores indicam R$ 65,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada e pagamento em 30 dias, num preço nominal, já que não há quase mais milho na região. Quem está precisando, busca o grão no Paraná e Mato Grosso do Sul. Quanto à negociação antecipada da safra de verão (1ª safra 2020/2021), o mercado está parado. A indicação de compra está entre R$ 55,00 e R$ 56,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em fevereiro e pagamento em março de 2021.