10/Set/2020

Os futuros de milho fecharam em baixa nesta quarta-feira (09/09) na Bolsa de Chicago, refletindo a ausência de compras chinesas nos últimos dias. A China vinha comprando grandes volumes de soja norte-americana nas últimas semanas, mas a última venda de mais de 100 mil toneladas para o país asiático foi anunciada em 1º de setembro. A expectativa, no entanto, é de que os chineses continuem comprando milho dos Estados Unidos, tendo em vista a recomposição do plantel de suínos e os possíveis impactos do tufão Haishen, que atingiu recentemente o país.

Ainda não foi possível ter uma ideia clara sobre as consequências da passagem do tufão para as plantações. Mas, é provável que a produção e o rendimento foram reduzidos. O vencimento dezembro do grão recuou 1,50 cent (0,41%) e fechou a US$ 3,60 por bushel. A piora da condição das lavouras nos Estados Unidos não foi suficiente para impulsionar as cotações. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 61% da safra de milho do país tinha condição boa ou excelente até o dia 6 de setembro, queda de 1% ante a semana anterior.

A percepção é de que, com a previsão de chuvas no Meio Oeste nos próximos dias e parte da safra já madura, a qualidade das lavouras não deve piorar mais. Com as chuvas nesta semana, esses níveis de condição da safra devem ser o ponto baixo do ano. Além disso, traders acreditam que os estoques de etanol nos Estados Unidos vão continuar crescendo, indicando que a retomada da demanda por combustíveis continua lenta. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. Os dados de produção e estoques de etanol no país serão publicados nesta quinta-feira (10/09).