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31/Ago/2020

Demanda da China sustentará preço no longo prazo

Segundo o Itaú BBA, os consumidores domésticos acostumados a se abastecer com milho ao longo do período de colheita terão dificuldades para encontrar produto barato daqui para frente. A perspectiva de crescente demanda chinesa por soja e milho para recompor seu rebanho suíno, que diminuiu expressivamente nos últimos anos em virtude da peste suína africana (PSA), deve elevar a demanda pelo cereal brasileiro para exportação. Daqui para frente, com a China passando a ser um player internacional importante e os portos do Arco Norte se consolidando como corredor de exportação de grãos, aquele milho entre R$ 12,00 e R$ 13,00 por saca de 60 Kg no norte de Mato Grosso ficou para trás. Hoje, o milho no Estado é negociado no mercado disponível por cerca de R$ 50,00 por saca de 60 Kg. Grande parte do rebanho suíno chinês dizimado pela PSA (queda de 40% nos rebanhos de matrizes), vinha de uma "suinocultura de fundo de quintal".

Agora, a recomposição da produção está sendo feita por processos mais profissionais e maior fornecimento de proteínas. Isso abre espaço para uma mudança estrutural das cotações dos grãos. Em um curto prazo de tempo, de dois a três anos, haverá um aumento muito grande do consumo chinês de soja e milho. Em um horizonte de 10 a 15 anos, outros países, como Índia e nações do sul do continente africano, podem sustentar o crescimento do agronegócio brasileiro. Passado o pior momento da pandemia de Covid-19 no Brasil, quando o consumo de combustíveis caiu pelo distanciamento social, o cenário já é de recuperação. Além disso, o preço do petróleo aumentou, a Petrobrás repassou para a gasolina esse incremento e os preços do etanol no Brasil estão se recuperando. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.