26/Ago/2020
Os consumidores domésticos continuam aumentando os valores indicados pelo milho, na tentativa de adquirir volumes. Em Mato Grosso do Sul, têm obtido pouco êxito. Ao verem os preços subindo sucessivamente, os vendedores apostam em novas altas e preferem não negociar. Muitos nem sinalizam o quanto querem para voltar a vender. Os exportadores não têm acompanhado as indicações do mercado interno e mantêm propostas que não despertam interesse de produtores do Estado. Na região de Dourados, a indicação de compra para a 2ª safra de 2020 é de R$ 50,00 por saca de 60 Kg, para retirada em agosto e setembro e pagamento após 30 dias.
A maior procura tem vindo de consumidores domésticos, especialmente do Rio Grande do Sul e de São Paulo. Os vendedores seguem sem interesse de negociar. Tradings indicam R$ 60,00 por saca de 60 Kg no Porto de Santos (SP), o que equivaleria a R$ 48,00 por saca de 60 Kg FOB em Dourados. Com relação ao cereal da 2ª safra de 2021, as indicações de compra permanecem estáveis em R$ 42,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque em julho e pagamento agosto do ano que vem. Exportadores e mercado interno indicam o mesmo valor, mas não saem acordos. No Paraná, compradores e vendedores seguem em desacordo sobre as cotações e a negociação não avança.
O milho está escasso na região dos Campos Gerais e, com isso, praticamente não ocorrem negócios. Na região norte do Paraná, os compradores indicam R$ 53,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada e pagamento imediatos, sem interesse de venda. Na região oeste, há registro de negócios a R$ 55,00 por saca de 60 Kg FOB, em iguais condições. Os preços podem subir se a expectativa de perda de parte da safra por causa das chuvas que ocorreram nos últimos dias se concretizar. Em relação ao milho futuro, da safra de verão (1ª safra 2020/2021) nos Campos Gerais, os compradores indicam R$ 53,00 por saca de 60 Kg FOB Ponta Grossa, para retirada em fevereiro e pagamento no fim de março de 2021, valor estável nos últimos sete dias.