07/Ago/2020
A União Nacional do Etanol de Milho (Unem) prevê que a produção do biocombustível no Brasil deve atingir 8 bilhões de litros por ano na safra 2027/2028. Em 2020, as 15 usinas em operação no País devem produzir 2,69 bilhões de litros. Outras três plantas estão em fase pré-operacional. Uma delas deve ser inaugurada em cerca 20 dias com capacidade de produção de 300 milhões de litros por ano na sua primeira fase. Quando todas as fases estiverem finalizadas, a planta industrial atingirá potencial para 900 milhões de litros por ano. Será a maior usina do País.
Na safra 2020/2021, a produção do biocombustível deve atingir 2,5 bilhões de litros, ante 1,669 bilhão de litros reportados na safra 2019/2020. Mesmo em meio à pandemia de Covid-19, a produção de etanol de milho cresceu 88,7% no primeiro semestre deste ano. Houve queda de março a maio, em virtude do menor fluxo econômico, e recuperação a partir de maio. A produção total de etanol no País tende a cair 2% neste ano. Mas, se não fosse o etanol de milho, haveria queda de 6% na produção. O setor conta com a expansão da produção nacional de milho para ampliação do processamento do etanol a partir do cereal.
É o setor que tem estimulado a comercialização antecipada da safra do cereal, mudando a conjuntura tradicional do mercado. Quem investe milhões em uma usina de etanol de milho não pode ficar à mercê do mercado. Então, as usinas optam pela compra antecipada do cereal. O setor está preocupado com mudanças das regras dos créditos de descarbonização (CBios) e aumento da tributação destes títulos. O Renovabio precisa ser viável. Ele vai ajudar o País a contar sua história de produção sustentável de alimentos. Também é importante a expansão das usinas de etanol de cana-de-açúcar para modelo flex. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.