05/Ago/2020
Em Goiás, os compradores do milho têm observado o mesmo quadro reportado em outros Estados produtores do cereal: apesar do estágio avançado da colheita, os vendedores priorizam o cumprimento de contratos e guardam o pouco volume restante. Com a necessidade constante de consumidores domésticos do Estado, os preços do grão vêm subindo de forma expressiva em um curto espaço de tempo. Há registro de negócios pontuais a R$ 42,00 por saca de 60 Kg, para entrega e pagamento imediato. A oferta é restrita. Com prazos de embarque e pagamento mais longos, não estão saindo negócios porque não há interesse de produtores. Os embarques para o exterior continuam fortes e o mercado de proteína animal está firme. Com relação ao cereal da 2ª safra de 2021, os compradores indicam entre US$ 7,00 e US$ 7,50 por saca de 60 Kg FOB ou R$ 36,00 por saca de 60 Kg, sem interesse de venda. Os vendedores têm expectativa de preços mais altos e preferem reter o produto.
No Rio Grande do Sul, como os preços do cereal não passaram por baixas significativas desde a colheita, as indústrias vêm misturando mais farelo de soja à ração. Na região de Passo Fundo, a indicação é de R$ 52,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento em 30 dias. Os volumes de milho que chegam da Região Centro-Oeste são de contratos fechados no passado e que estão sendo cumpridos agora. Para novos lotes, o cereal de outros Estados chegaria à região da Serra Gaúcha entre R$ 53,00 e R$ 55,00 por saca de 60 Kg CIF. Para a negociação antecipada da safra de verão (1ª safra 2020/2021), a indicação de compra de indústrias está entre R$ 43,00 e R$ 43,50 por saca de 60 Kg FOB em Passo Fundo, para retirada em janeiro e pagamento em fevereiro do ano que vem. No Porto de Rio Grande, a indicação está entre R$ 49,00 e R$ 50,00 por saca de 60 Kg, para entrega em janeiro e pagamento em fevereiro, mas sem muito apetite por compras. Os preços para negociação interna e externa se mantêm nos últimos dias.