28/Jul/2020
Mesmo com o avançado estágio da colheita de milho no principal Estado produtor do cereal do Brasil, a oferta segue restrita no mercado disponível. Muitos produtores já negociaram a maior parte da safra antecipadamente, outros apostam na contínua alta dos preços nos próximos meses, e assim postergam a realização de novos negócios. Assim, os preços estão em alta. Em Mato Grosso, na região de Nova Mutum, os exportadores indicam R$ 37,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque imediato e pagamento à vista, e R$ 39,50 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em outubro e pagamento em novembro. Os consumidores domésticos (usinas de etanol, fábricas de ração) indicam em torno de R$ 2,00 por saca de 60 Kg a menos e não estão conseguindo acompanhar os preços indicados por tradings. Para o cereal da 2ª safra de 2021, os compradores indicam R$ 32,50 por saca de 60 Kg FOB, para embarque em julho e pagamento em agosto do próximo ano.
No Paraná, na região dos Campos Gerais, granjas de Santa Catarina indicam R$ 46,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento à vista. Indústrias da região dos Campos Gerais indicam R$ 46,00 por saca de 60 Kg, para entrega em agosto e pagamento no fim de agosto. Muitas indústrias estão carregando o milho adquirindo recentemente entre R$ 46,00 e R$ 47,00 por saca de 60 Kg, à espera do recebimento de contratos fechados anteriormente e da chegada de maior volume da 2ª safra de 2020. Para exportação, com retirada nos Campos Gerais, a indicação de compra é de R$ 47,00 por saca de 60 Kg, para embarque em agosto e pagamento no fim de agosto. No Porto de Paranaguá, a indicação está entre R$ 50,00 e R$ 50,50 por saca de 60 Kg, nos mesmos prazos. Para a negociação antecipada da safra de verão (1ª safra 2020/2021), a indicação de compra é de R$ 47,00 por saca de 60 Kg, em fábricas dos Campos Gerais e entre R$ 47,00 e R$ 48,00 por saca de 60 Kg no Porto de Paranaguá, ambas para entrega em fevereiro e pagamento em março, sem interesse de venda.