22/Jul/2020

Em Mato Grosso do Sul, a negociação segue praticamente parada. O excesso de umidade nas plantações leva produtores a adiarem os trabalhos de campo. Boa parte deles fala em intensificar a retirada dos grãos somente daqui a dez dias. Sendo assim, os preços continuam sustentados, ainda que estáveis, e a comercialização, praticamente parada. Exportadores e consumidores domésticos mantêm as indicações na faixa de R$ 40,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada na fazenda e pagamento em agosto, preço que não desperta interesse de venda.

Os produtores não querem vender enquanto não conseguirem avançar nos trabalhos de campo, para ter noção da produtividade e da produção total. Como os compradores sabem que produtores não querem vender agora, evitam elevar suas indicações de compra. A comercialização antecipada do cereal da 2ª safra de 2021 também está praticamente parada no Estado. Os exportadores indicam R$ 36,50 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em julho do ano que vem e pagamento em agosto. Até o momento, poucos compradores do mercado doméstico têm buscado adquirir produto previamente para 2021.

No Rio Grande do Sul, a necessidade de originar volumes leva os compradores a elevar os preços do milho. Na região de Passo Fundo, os compradores indicam R$ 50,50 por saca de 60 Kg. Para comprar milho da 2ª safra de 202 agora, não fecha a conta, pois chegaria na região da Serra entre R$ 54,00 e R$ 55,00 por saca de 60 Kg. O milho da região de Passo Fundo, colocado na Serra, chegaria entre R$ 53,20 e R$ 53,50 por saca de 60 Kg. Para negociação futura da safra de verão (1ª safra 2020/2021), a indicação de compra para exportação é de R$ 45,50 por saca de 60 Kg, para retirada em fevereiro e pagamento em março. O mercado interno mantém a indicação entre R$ 45,00 e R$ 45,50 por saca de 60 Kg, para os mesmos prazos.