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03/Jul/2020

Preços do milho firmes com negociações limitadas

A retração de vendedores tem tornado lentos os negócios no mercado interno de milho. Os produtores aguardam por preços mais remuneradores e só liberam lotes pequenos, tanto para granjas quanto para exportação. Os compradores, por seu lado, preferem aguardar por lotes mais volumosos da 2ª safra de 2020 e, consequentemente, por preços menores. Outro fator a preocupar o mercado é a suspensão de exportações de carne de frigoríficos brasileiros para a China, que se reflete no consumo de milho, o principal insumo na criação de aves e suínos. Por enquanto, poucas plantas foram vetadas, mas há apreensão em relação a isso.

Em Mato Grosso, na região de Sorriso, a negociação de milho da 2ª safra de 2020 no disponível é lenta. Há registro de negócios pontuais para exportação a R$ 32,50 por saca de 60 Kg FOB, para embarque imediato e pagamento em agosto. Nos últimos dias, os preços registram alta de R$ 1,00 a R$ 2,00 por saca de 60 Kg. Em relação à comercialização antecipada da 2ª safra de 2021, as negociações também são lentas. Os produtores preferem aguardar antes de travar mais lotes. Os compradores indicam R$ 31,00 por saca de 60 Kg FOB base Sorriso, Nova Mutum e Diamantino, para retirada em julho/agosto e pagamento no fim de agosto de 2021 e há registro de negócios nesse patamar de preço (para exportação). O mercado interno não está tão competitivo quanto a exportação.

No Rio Grande do Sul, nas regiões de Carazinho e Erechim, há registro de negócios pontuais a R$ 48,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento de 7 a 10 dias, valores estáveis. A demanda vem principalmente de pequenos aviários. As indústrias maiores indicam R$ 48,00 por saca de 60 Kg, posto na região da Serra. De um lado, os compradores aguardam a 2ª safra de 2020 de outros Estados e estão receosos com as notícias de suspensão de exportações de unidades de frigoríficos brasileiros para a China. De outro, os vendedores têm preferido negociar soja e trigo em detrimento do milho.