30/Jun/2020
O mercado futuro de grãos negociado na Bolsa de Chicago continua pressionado pela perspectiva de ampla oferta norte-americana na safra 2020/2021 e pela incerteza quanto à demanda chinesa após novas exigências para importação de grãos dos Estados Unidos. As incertezas quanto à demanda chinesa de grãos norte-americanos foram acentuadas na semana passada depois que a China exigiu que fornecedores internacionais garantem que suas mercadorias não fossem contaminadas pelo novo coronavírus. Isso levou à incerteza entre muitos exportadores norte-americanos.
Eles estão buscando cumprir essa nova exigência, emitindo uma confirmação preparada pela Coalizão de Transporte Agrícola (AgTC), informando que seus produtos foram colhidos, processados e enviados de acordo com as normas de segurança e a devida diligência sanitária. Ainda não há confirmação oficial da China de que tal certificação será aceita. De acordo com os relatórios da agência, no entanto, até o momento não houve atrasos no processamento das remessas.
A perspectiva de ampla oferta de grãos na safra 2020/2021 dos Estados Unidos deve ser confirmada nesta terça-feira (30/06) no relatório trimestral de estoques e área plantada do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Espera-se que o suprimento de grãos também seja amplo a médio prazo. Mesmo uma área de milho um pouco menor do que a prevista pelo USDA até agora, ainda é provável que permita uma safra recorde.
A previsão de chuvas abundantes no Meio Oeste dos Estados Unidos nos próximos dias também deixa poucas dúvidas quanto à oferta robusta do cereal. Rendimentos surpreendentemente altos continuam sendo anunciados para a safra de trigo dos Estados Unidos que está sendo colhida atualmente. Em virtude dessa perspectiva, fundos de investimento elevaram a aposta na queda dos preços dos cereais para o curto prazo na Bolsa de Chicago. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.