17/Jun/2020
O fortalecimento do dólar ante o Real continua dando suporte às cotações do milho no Brasil, mas a comercialização ainda não voltou a ocorrer de forma regular como observado no mês passado, no período de altas acentuadas do dólar. Vendedores e compradores ainda divergem sobre preços e prazos, o que acaba por impedir a realização de negócios de maior volume. Na Região Sul do Brasil, os compradores ainda têm bons volumes adquiridos nos últimos meses e administram estoques. De modo geral, os consumidores de todo o País aguardam a colheita da 2ª safra de 2020 ganhar força, aumentando a oferta de lotes.
Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, os exportadores indicam R$ 43,00 por saca de 60 Kg CIF, para entrega em ferrovia de Maringá (PR) em agosto e pagamento em setembro, o equivalente a R$ 37,00 por saca de 60 Kg FOB em Dourados. Os patamares de preços mais elevados estão aumentando a disposição de vendedores para se desfazer de mais lotes. Os consumidores domésticos de Santa Catarina indicam menos do que tradings, o equivalente a R$ 34,00 por saca de 60 Kg FOB em Dourados. No spot, os compradores indicam R$ 37,00 por saca de 60 Kg, para retirada e pagamento imediatos. Para o milho futuro, os compradores indicam R$ 42,00 por saca de 60 Kg CIF, para entrega em Maringá em agosto e pagamento em setembro do ano que vem, o que corresponde a R$ 36,00 por saca de 60 Kg FOB em Dourados.
No Rio Grande do Sul, na região de Passo Fundo, a indicação de compra está entre R$ 45,00 e R$ 46,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento em 30 dias. Os valores de compra e venda estão distantes. Ainda não chegam volumes da 2ª safra de 2020 ao Estado, mas o interesse para aquisição de novos lotes é restrito. O fechamento de fábricas por causa da pandemia do novo coronavírus também restringe novas compras do cereal para ração. Para a safra 2020/2021, os compradores indicam R$ 45,00 por saca de 60 Kg, para entrega em fevereiro e pagamento em março no Porto de Rio Grande.