09/Jun/2020
A relação do dólar com o Real continua ditando os preços do milho no Brasil e, de modo geral, tem contribuído para a gradual desvalorização do cereal. Os valores do milho em dólares também vêm recuando, fazendo com que a conversão dos preços para o dólar ainda não seja atrativa para os vendedores. Por ora, a negociação é quase nula, restrita a lotes pontuais no spot. Em Mato Grosso, na região de Primavera do Leste, os preços indicados para o milho 2ª safra de 2020 que está no campo registram queda. Os exportadores indicam R$ 33,60 por saca de 60 Kg FOB ou US$ 6,60 por saca de 60 Kg, para embarque em novembro e pagamento em dezembro.
As tradings já têm volumes suficientes para garantir embarques até agosto e, agora, buscam produto para carregar de setembro em diante. Os consumidores domésticos têm buscado pequenos volumes no spot e indicam R$ 33,00 por saca de 60 Kg, para embarque e pagamento imediato. Com relação à negociação antecipada da 2ª safra de 2021, os preços também registram queda gradual em Real e em dólares. Os compradores indicam R$ 28,00 por saca de 60 Kg ou US$ 5,50 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em julho do ano que vem e pagamento em agosto. No Paraná, na região dos Campos Gerais, os compradores indicam R$ 45,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento à vista.
A demanda vem de compradores de menor porte da região e granjas de Santa Catarina. As fábricas locais indicam R$ 44,00 por saca de 60 Kg, para entrega em julho e pagamento no fim de julho. A negociação é pontual e a oferta é restrita. Os compradores estão bem supridos, aguardando a entrada da 2ª safra de 2020 tanto para comprar a preço mais baixo quanto para receber os lotes já adquiridos. Quanto à comercialização antecipada da safra de verão (1ª safra 2020/2021), a indicação de compra é de R$ 44,00 por saca de 60 Kg, para entrega em fevereiro do ano que vem na região de Ponta Grossa e pagamento em março.