05/Jun/2020
A negociação de milho segue praticamente parada, em resposta à contínua desvalorização do dólar ante o Real e à queda dos preços. Os vendedores negociaram grandes volumes no último mês, os compradores reforçaram estoques e, neste momento, todos se concentram na colheita e na observação da produtividade obtida no campo. Negócios, quando reportados, são apenas pontuais. Em algumas regiões, exportadores ainda indicam mais do que consumidores domésticos, que devem retornar ao mercado quando o ritmo da colheita estiver mais intenso e as ofertas de lotes, maiores.
Em Goiás, na região de Rio Verde, tradings indicam entre R$ 34,00 e R$ 35,00 por saca de 60 Kg FOB ou CIF, para embarque e pagamento em agosto. Os consumidores domésticos indicam R$ 33,00 por saca de 60 Kg. Os valores estão muito abaixo dos desejados por vendedores. No spot, os compradores indicam R$ 35,00 por saca de 60 Kg, para embarque e pagamento imediatos. Para a 2ª safra de 2020, os compradores indicam R$ 34,50 por saca de 60 Kg CIF, para entrega em julho e pagamento em agosto do ano que vem, mas os vendedores não demonstram interesse em negociar.
No Rio Grande do Sul, na região da Serra Gaúcha, há registro de negócios entre R$ 46,00 e R$ 47,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento à vista ou em até 15 dias, valores estáveis nos últimos dias. A demanda vem principalmente de indústrias. Os compradores grandes do setor de ração estão fora do mercado. Os consumidores também estão atentos aos recuos dos preços para exportação. Quanto à negociação antecipada da safra de verão (1ª safra 2020/2021), a indicação é de R$ 45,00 por saca de 60 Kg, para entrega em fevereiro e pagamento em março no Porto de Rio Grande.