05/Jun/2020
Segundo o Itaú BBA, o primeiro semestre no Brasil é de balanço de oferta e demanda apertado para o milho. A 2ª safra de 2020 projetada entre 70 milhões e 71 milhões de toneladas deve trazer alívio momentâneo no segundo semestre. Do lado da demanda, a expectativa é de um crescimento do consumo mais comedido. Pode haver uma redução da taxa de crescimento de proteína animal e, talvez, os planos de expansão da indústria de etanol de milho não sejam tão grandes assim para este ano. Para as exportações de milho, a expectativa é de 34 milhões de toneladas tanto em 2019/2020 quanto em 2020/2021.
Mesmo assim, o Brasil deve virar o ano-safra 2019/2020 para o 2020/2021 com patamares de estoque bastante baixos. Mesmo em um cenário de aumento da produção de milho na safra de verão (1ª safra 2020/2021), para entre 28 milhões de toneladas e 29 milhões de toneladas, a relação entre consumo e disponibilidade no primeiro semestre do ano que vem ainda vai ficar bastante justa. No primeiro semestre de 2021 os preços tendem a oscilar acima da paridade de exportação.
Para a 2ª safra de 2021, a expectativa é de um aumento de área de 3%, o que pode levar a uma produção de inverno na casa de 80 milhões de toneladas. Neste caso, provavelmente o preço estará muito mais próximo da paridade de exportação ou terá até mesmo algum desconto. A expectativa é de margens provavelmente inferiores às da safra 2019/2020, mas bastante razoáveis para o ano que vem. Para o milho, é mais um ano de boas margens para o produtor, com risco de queda maior de preço ao longo do segundo semestre de 2021. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.