29/Mai/2020

Os vendedores de milho começam a assimilar o novo patamar de preços, após a forte oscilação observada nas últimas semanas, de altas expressivas do dólar e das cotações do cereal, seguidas por quedas consecutivas da moeda norte-americana e dos preços do milho. Em algumas regiões, os produtores voltam a sondar os valores indicados por compradores e a fazer negócios, depois de alguns dias distantes do mercado. O dólar enfraquecido também resulta em ganho de competitividade por parte dos consumidores nacionais.

Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, os preços indicados por empresas consumidoras do mercado doméstico estão mais atrativos que os de exportação. Há registro de negócios a R$ 34,00 por saca de 60 Kg FOB, para entrega em julho e pagamento em agosto. Tradings indicam R$ 32,00 por saca de 60 Kg FOB. No spot, há registro de negócios a R$ 43,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata e pagamento 30 dias depois do embarque. A comercialização antecipada da 2ª safra de 2021 está parada. Os compradores mantêm suas indicações na faixa de R$ 32,00 por saca de 60 Kg, para embarque em julho e pagamento em agosto, mas não há interesse de venda no momento.

No Rio Grande do Sul, na região de Passo Fundo, a indicação de é de R$ 47,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento em 30 dias, avanço de R$ 1,00 por saca de 60 Kg nos últimos sete dias. A alta do preço está relacionada à necessidade de granjas e indústrias de carnes. Ainda não estão chegando lotes da 2ª safra de 2020 de outros Estados à região, mas isso pode ocorrer a partir de junho. Para a negociação antecipada da safra de verão (1ª safra 2020/2021) os compradores indicam R$ 46,00 por saca de 60 Kg no Porto de Rio Grande, para entrega em janeiro e fevereiro e pagamento em março.