26/Mai/2020

Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral/Seab), as chuvas dos últimos 10 dias foram favoráveis para as lavouras de milho 2ª safra de 2020 do Paraná. Ainda assim não impedirão as perdas. O Paraná está na maior seca da sua história, que afetou praticamente todas as fases da lavoura, desde o plantio até agora, em que o milho está em frutificação e entrando em maturação. A perda estimada é de 600 mil toneladas. Mas, esse será revisto esta semana e invariavelmente ele será maior. É possível que as perdas no Estado cheguem a 1 milhão de toneladas.

No relatório de abril, o Deral projetou a 2ª safra de 2020 em 12,235 milhões de toneladas, queda de 8% ante o ciclo anterior. No geral, o milho estava precisando de muita umidade. As chuvas nos últimos de 10 dias são muito benéficas para a cultura, que sofria de forma intensa com a seca no Estado. Regiões como Campo Mourão e Francisco Beltrão tiveram acumulados de mais de 200 mm no último fim de semana. O aumento da umidade ajudou a estancar uma perda maior. Algumas lavouras vão se recuperar e vão atingir potencial produtivo total. Por exemplo, na região norte do Estado, existe essa chance ainda, porque o plantio e a colheita ocorrem mais tarde.

A previsão de geadas em intensidade leve a moderada para as próximas 72 horas não é um fator de grande preocupação para o milho neste momento. As geadas no fim de maio e começo de junho costumam ocorrer de forma mais intensa no sul do Paraná, onde não há grandes áreas de milho 2ª safra. Para áreas do oeste do Estado, onde o fenômeno também pode ocorrer, a intensidade prevista é menor. O milho é, de certa forma, resistente a essas geadas de leve intensidade, que não devem gerar problemas neste momento. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.