07/Mai/2020
A falta de chuvas em parte das regiões produtoras do País e a incerteza sobre quando ocorrerão as próximas precipitações já preocupam vendedores e compradores. Os produtores têm adiado a oferta do milho estocado nos armazéns, mais focado no desenvolvimento das lavouras da 2ª safra de 2020 e no volume que colherá. Os consumidores domésticos têm visto seus estoques diminuírem, sem conseguir adquirir mais lotes.
Parte deles, no entanto, tem adiado novos negócios em virtude da queda do consumo de proteína animal no País, decorrente da quarentena e da crise econômica. Ao mesmo tempo, a valorização do dólar ante o Real eleva os valores indicados por exportadores pela 2ª safra de 2020, mas também por causa da incerteza climática, saem poucos negócios. Estes fatores, juntos, têm garantido sustentação dos preços nos últimos dias.
Em São Paulo, na região da Sorocabana, há registro de negócios no spot entre R$ 48,00 e R$ 48,50 por saca de 60 Kg FOB, para pagamento e retirada imediatos. Quanto à 2ª safra de 2020, há registro de negócios a R$ 48,00 por saca de 60 Kg CIF no Porto de Santos, para entrega em agosto e pagamento em setembro, o equivalente a R$ 42,00 por saca de 60 Kg FOB na região da Sorocabana.
No Rio Grande do Sul, na região de Passo Fundo, os compradores indicam entre R$ 43,50 e R$ 44,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento em 30 dias. A demanda pelo cereal para produção de carnes diminuiu com redução em abates de frangos e suínos. Persiste também o temor no mercado de interrupção de operações de fábricas por causa do aumento de casos de coronavírus na região e na Serra Gaúcha.