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17/Abr/2020

Espaços para recuo do preço se 2ª safra for cheia

O mercado de milho continua atento às perdas na safra brasileira, especialmente no estado do Rio Grande Do Sul, que enfrentou um período prolongado de seca, e ao desenvolvimento da 2ª safra de 2020 na região Centro-Oeste. Há uma preocupação quanto ao clima nas próximas semanas, que será determinante para o resultado da safrinha no País. Nesse cenário, a perspectiva é de que os preços continuem em patamares altos, mesmo se a demanda pelo cereal for reduzida por causa da pandemia de coronavírus. O consumo interno pode ter um crescimento menos expressivo do que o esperado em 2020. A perspectiva era de que a demanda doméstica total chegasse a 70 milhões de toneladas na safra 2019/2020.

Caso esse movimento de retração se confirme, há um potencial de compensação com as exportações. Se a 2ª safra de 2020 for muito volumosa, há um espaço para recuo dos preços, mas tudo vai depender das exportações. Se continuarem muito aceleradas, o mercado de milho vai continuar tendo essa influência forte da demanda, que puxa os preços para cima. Ainda sobre as exportações, o dólar mais forte em relação ao Real contribui para melhorar a competitividade do milho brasileiro. A comercialização do milho 2ª safra de 2020 bem mais acelerada até o momento em relação ao mesmo período do ano passado pode indicar exportações mais aquecidas no segundo semestre.

Do lado da oferta, a estimativa é de uma 2ª safra recorde este ano, mas com uma produtividade menor do que alcançada no ano passado. Em relação ao mercado global, há preocupação maior com o consumo interno dos Estados Unidos, que está sendo muito afetado pela pandemia de coronavírus. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) já cortou em quase 10 milhões de toneladas o consumo de milho para produção etanol na safra 2019/2020. Novos cortes, entretanto, não estão descartados. Outros fatores baixistas são as exportações mais fracas, a redução no uso de milho para etanol e a estimativa de área bem acima do esperado. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.