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14/Abr/2020

Tendência é de estabilização dos preços no Brasil

Os elevados patamares de preços do milho no mercado brasileiro somados às incertezas diante do avanço da pandemia de coronavírus fizeram com que compradores diminuíssem o ritmo de aquisição de novos lotes, especialmente os envolvendo grandes volumes. Esse cenário e as desvalorizações internacionais do cereal resultaram no recuo dos preços domésticas do milho. Nos Estados Unidos, a desvalorização da gasolina e o avanço da pandemia de coronavírus têm limitado a demanda pelo cereal. A produção de etanol a partir de milho é elevada no país norte-americano, assimilando entre 40% e 43% da oferta de cada safra. No Brasil, os movimentos de baixa nos preços do milho têm sido mais intensos em São Paulo e em regiões do Centro-Oeste. Nos últimos sete dias, na média das regiões, os valores nos mercados de balcão (preço recebido pelo produtor) e de lotes (negociação entre empresas) caíram 1,2% e 1,4%, respectivamente.

O Indicador ESALQ/BM&F (base Campinas) recuou 4,1% no mesmo período, para R$ 56,46 por saca de 60 Kg. Em Sorriso (MT), a queda foi de 2,8%, em Rio Verde (GO), de 1,4% e em Rondonópolis (MT), de 1,6%. Na B3, a expectativa de boa produção e incertezas em torno da demanda no segundo semestre pressionaram os futuros. O contrato Maio/2020 se desvalorizou 3,2%, para R$ 46,92 por saca de 60 Kg. Os contratos Setembro/2020 e Novembro/2020 apresentaram queda de 1,6%, a R$ 43,06 por saca de 60 Kg e a R$ 45,60 por saca de 60 Kg, respectivamente. No campo, os produtores seguem atentos ao clima. O volume de chuvas está irregular e previsões indicam quedas bruscas na temperatura, o que pode influenciar no desenvolvimento das lavouras. A produção da temporada 2019/2020 deve somar 101,8 milhões de toneladas, 1,8% superior à safra anterior. Para o milho da 2ª safra, produção está estimada em 75,4 milhões de toneladas, aumento de 3,1% em relação à safra passada.

A safra de verão (1ª safra 2019/2020) está estimada em 25,4 milhões de toneladas, 1,5% inferior à do ano anterior. O principal motivo para essa redução foi a quebra de safra no principal estado produtor (Rio Grande do Sul), atualmente estimada em 4,1 milhões de toneladas, número 28% abaixo do da safra passada. Para a terceira safra, as estimativas foram mantidas em 1,56 milhão de toneladas. O consumo interno está estimado em 70,4 milhões de toneladas, mas o estoque final para janeiro/2021 deve ser 18% inferior ao da temporada passada e ainda 32% menor que a média das últimas cinco temporadas, estimado em 9,32 milhões de toneladas. No mercado internacional, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos indicou que a área plantada com o cereal no país norte-americano pode ser 8% maior na atual temporada. Na Bolsa de Chicago, o contrato Maio/2020 caiu para o patamar de US$ 3,30/bushel. Fontes: Cepea e Cogo Inteligência em Agronegócio.