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09/Abr/2020

Preços mais baixos desestimulam comercialização

O enfraquecimento do dólar em relação ao Real, assim como o recuo da demanda da cadeia de carnes e de usinas de etanol, vem puxando os preços do milho no Brasil para baixo. Com isso, os vendedores que já tinham pouco interesse em vender, focados na negociação da soja, se afastam mais do mercado. Os compradores estão relativamente abastecidos e tentam aguardar a chegada da 2ª safra de 2020 e novas quedas de preços. Em Mato Grosso, na região de Primavera do Leste, tradings indicam no máximo R$ 32,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque em julho e pagamento no fim de julho ou de agosto.

No spot, os compradores estão afastados das negociações. As usinas de etanol, ao invés de adquirir milho, têm ofertado o cereal para venda na região, em virtude da queda do preço do biocombustível e do menor consumo de combustíveis no País em razão da quarentena para conter o novo coronavírus. Quanto à negociação antecipada da 2ª safra de 2021, a indicação está entre R$ 31,00 e R$ 32,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque em julho do ano que vem e pagamento e agosto. Os vendedores estão cautelosos em razão de incertezas climáticas e quanto ao cenário macroeconômico.

No Rio Grande do Sul, na região de Passo Fundo, o mercado está em ritmo lento. Os compradores indicam entre R$ 49,00 e R$ 50,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento em 30 dias. Os compradores devem consumir o milho que têm em estoque. Os vendedores estão afastados do mercado. A ênfase agora está na negociação da soja recém-colhida. Para o milho, os vendedores têm a expectativa de que as cotações subam mais devido à baixa disponibilidade no Estado após a quebra da safra de verão (1ª safra 2019/2020). Para negociação antecipada da safra de verão (1ª safra 2020/2021), os compradores indicam entre R$ 42,00 e R$ 43,00 por saca de 60 Kg no Porto de Rio Grande e entre R$ 45,00 e R$ 46,00 por saca de 60 Kg no Porto de Paranaguá (PR).