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07/Abr/2020

Preços do milho sustentados pela demanda interna

A negociação de milho no spot continua lenta no Brasil, com compradores, em sua maioria abastecidos, tentando pressionar os valores do cereal e vendedores mais focados na negociação e no embarque de soja. Contudo, em algumas regiões, como em Mato Grosso do Sul, a demanda local dá sustentação aos preços, ainda que não estimule a realização de grandes negócios. Na região de Dourados, a negociação é apenas pontual, apesar de os confinamentos continuarem buscando milho e dando suporte aos preços. A indicação é de R$ 48,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata e pagamento em 30 dias. A comercialização antecipada da 2ª safra de 2020 começa a ganhar ritmo, com o estímulo do dólar forte, das altas dos futuros na Bolsa de Chicago e de prêmios pagos por compradores.

Há registro de negócios entre R$ 37,00 e R$ 38,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada entre setembro e outubro e pagamento 30 dias após o embarque. Alguns exportadores indicam entre R$ 35,00 e R$ 36,00 por saca de 60 Kg. Os consumidores do mercado interno continuam indicam R$ 36,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque em julho com pagamento em agosto. Para a 2ª safra de 2021, os compradores indicam R$ 32,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada na região de Dourados em julho de 2021 e pagamento em agosto. No Paraná, na região dos Campos Gerais, os compradores indicam R$ 46,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento à vista.

A demanda vem de indústrias da região, mas os consumidores do norte do Paraná e de Santa Catarina continuam demandando lotes. A indicação de compra é de R$ 45,00 por saca de 60 Kg CIF em fábricas locais, para entrega em abril e pagamento em maio. Os compradores têm pressionado os preços, em virtude da possibilidade de leve queda de demanda por milho para ração de frangos e suínos ou de um recuo mais expressivo no consumo do cereal para alimentação humana com o coronavírus. Outra possibilidade é a procura mais fraca por plantas de etanol. Muitos compradores estão abastecidos até julho e agosto. Os vendedores estão atentos ao clima para o desenvolvimento da 2ª safra de 2020. Mas, se os prazos de negociação de soja alongarem muito, podem voltar a negociar o cereal.