02/Abr/2020

Os preços do milho no Brasil continuam sofrendo leve pressão. Os compradores estão relativamente estocados e focam na negociação da soja. Há poucas empresas consumidoras no mercado e estas, após adquirirem o volume de que necessitam, reduzem o valor indicado. As incertezas trazidas pela pandemia do coronavírus também alimentam a cautela entre os participantes: surgem sinais de demanda menos aquecida por alguns alimentos e por etanol, ao mesmo tempo em que se espera uma grande 2ª safra de 2020. Estes fatores, combinados, podem trazer as cotações internas do cereal mais para baixo.

No Rio Grande do Sul, na região de Passo Fundo, a oferta é ampla. Há registro de negócios a R$ 49,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque imediato e pagamento em 30 dias e a R$ 50,00 por saca de 60 Kg FOB, nos mesmos prazos, para retirada em local um pouco mais perto da fábrica. Os preços têm se mantido nestes patamares nos últimos dias. Para exportação, a indicação de compra é de R$ 47,00 por saca de 60 Kg CIF, para embarque imediato no porto de Rio Grande e pagamento em julho. Quanto à negociação antecipada da safra de verão (1ª safra 2020/2021), os compradores indicam R$ 45,00 por saca de 60 Kg CIF no Porto de Rio Grande. Os vendedores estão retraídos.

Em Mato Grosso, na região de Primavera do Leste, o mercado spot está parado e os preços se mantêm estáveis. A indicação de compra é de R$ 40,00 por saca de 60 Kg CIF, para pagamento antecipado e retirada imediata. Quase não há mais cereal disponível para venda. Quanto à comercialização antecipada da 2ª safra de 2020, há poucos compradores no mercado. A indicação de compra é de R$ 32,00 por saca de 60 Kg CIF, para entrega em junho e pagamento em julho. A negociação antecipada da 2ª safra de 2021 está parada. A indicação de compra é de R$ 32,00 por saca de 60 Kg CIF, para embarque em julho e pagamento em agosto do ano que vem. Os produtores estão retraídos.