02/Abr/2020

Os futuros de milho fecharam em baixa nesta quarta-feira (1º/04) na Bolsa de Chicago, após dados terem mostrado forte queda da produção de etanol nos Estados Unidos. O grão é a principal matéria-prima usada na fabricação do biocombustível no país. Segundo a Administração de Informação de Energia do país (EIA), a produção média foi de 840 mil barris por dia na semana encerrada em 27 de março, queda de 16,4% ante a semana anterior e o menor volume desde setembro de 2013. Os estoques do biocombustível aumentaram 6,6%, para um recorde de 25,7 milhões de barris. Com a pandemia de coronavírus, o petróleo acumula perda de mais de 60% em 2020, o que vem apertando as margens de fabricantes de etanol e resultando em menor demanda por milho.

O vencimento maio do grão perdeu 6,00 cents (1,76%) e fechou a US$ 3,34 por bushel. A expectativa de uma ampla área cultivada com milho este ano também pressionou o mercado. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projetou que a área deve totalizar 39,25 milhões de hectares, ante 36,30 milhões de hectares no ano passado. A área prevista só é menor do que os 39,34 milhões de hectares de 2012. É bom lembrar que em fevereiro/março de 2012, o milho para dezembro estava sendo negociado em torno de US$ 5,50 por bushel, em comparação a US$ 3,60 por bushel este ano. Alguns analistas, porém, estão céticos quanto à projeção do USDA, já que a sondagem foi feita antes da piora da pandemia de coronavírus.