ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

30/Mar/2020

Tendência é de alta sustentada por oferta restrita

A tendência é de alta para os preços do milho no mercado brasileiro, com ofertas restritas, quebras na 1ª safra de 2020 no Sul do País, alta do dólar para a casa dos R$ 5,10 e demanda interna aquecida. Os preços do milho seguem em alta na maior parte das regiões. O movimento é sustentado pela retração de vendedores, que têm perspectiva de que os valores continuem avançando nas próximas semanas, fundamentados nos estoques baixos e na menor oferta de milho da safra de verão (1ª safra 2019/2020). Além disso, muitos compradores precisam repor estoques de curto prazo e, para isso, acabam cedendo e reajustando positivamente os preços. Além da menor presença de vendedores, o ritmo de negociação nos últimos sete dias está limitado por incertezas quanto a possíveis restrições na circulação de mercadorias, diante das medidas de controle da pandemia do coronavírus. Além disso, muitos temem impactos sobre o consumo interno.

Em São Paulo, na região de Campinas, o Indicador ESALQ/BM&F acumula altas de 11,2% na parcial de março e de 1,6% nos últimos sete dias, fechando a R$ 59,50 por saca de 60 Kg, se sustentando, portanto, no maior patamar nominal da série histórica. As elevações na parcial deste mês são de 5,5% no mercado de balcão (ao produtor) e de 7,1% no de lotes (negociação entre empresas). Nos últimos sete dias, especificamente, os aumentos são de respectivos 0,1% e 1,6%. No campo, os produtores seguem ainda priorizando a finalização da colheita, que tem sido beneficiada pelo tempo seco na maior parte das regiões, e na entrega da mercadoria que já havia sido negociada antecipadamente. Assim, os trabalhos de campo seguem no Paraná. No sudoeste do Estado, inclusive, o plantio já foi finalizado. 95% da área já havia sido plantada até o dia 23 de março, enquanto a colheita da safra de verão (1ª safra 2019/2020) atingiu 76% da área. No Rio Grande do Sul, a colheita havia alcançado 65% da área até o dia 26 de março. Contudo, as dificuldades encontradas durante o desenvolvimento das lavouras reduziram o potencial produtivo, o que tem feito com que produtores limitem o volume disponível.

Na Argentina, os trabalhos de campo da safra 2019/2020 seguem avançando, apesar das chuvas. Segundo relatório da Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15,8% da área nacional já havia sido colhida até o dia 25 de março. Os rendimentos até então reportados estão muito distintos dentre as regiões, com algumas, como Santa Fé, apresentando 7,7 toneladas por hectare, e as dos núcleos Norte e Sul, chegando a 10 toneladas por hectare, sustentando a manutenção da estimativa de produção, de 50 milhões de toneladas. Nos Estados Unidos, após terem caído na semana anterior, os contratos negociados na Bolsa de Chicago voltaram a avançar, influenciados pelo maior volume de exportações, que podem ter como destino a China. Assim, os dois primeiros vencimentos registram alta de 0,9% nos últimos sete dias, com o contrato Maio/2020 fechando a US$ 3,48 por bushel e o Julho/2020, a US$ 3,54 por bushel. Fontes: Cepea e Cogo Inteligência em Agronegócio.