24/Mar/2020
Os futuros de milho fecharam estáveis nesta segunda-feira (23/03) na Bolsa de Chicago. O mercado operou em terreno negativo durante boa parte da sessão, mas a alta do petróleo fez com que os contratos recuperassem as perdas. A alta expressiva do trigo, que é substituto direto do milho em ração animal, também impediu uma queda mais acentuada. O vencimento maio do milho cedeu 0,25 cent (0,07%) e fechou a US$ 3,43 por bushel. A forte queda do petróleo nas últimas semanas vem pressionando as cotações do grão.
Nos Estados Unidos, o milho é a principal matéria-prima usada na fabricação de etanol. Com a redução das margens de fabricantes do biocombustível, traders acreditam que a demanda pelo grão vai diminuir significativamente, já que o setor consome mais de um terço da safra doméstica. O milho continua com o desempenho mais fraco entre os grãos em meio a preocupações com o etanol. Uma forte venda dos Estados Unidos para China no dia 20 de março não foi suficiente para animar traders.
De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), foram vendidas 756 mil toneladas de milho para o país asiático. Nesta segunda-feira (23/03), o governo norte-americano afirmou que 816.634 toneladas de milho foram inspecionadas para exportação na semana passada, queda de 17,1% ante a semana anterior. Dados da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) publicados no dia 20 de março mostraram que fundos de investimento elevaram em 79,3% o saldo vendido em milho na semana encerrada em 17 de março, passando de 52.348 para 93.839 lotes.