10/Mar/2020
Na Bolsa de Chicago, as cotações do milho terminaram a segunda-feira (09/03) no vermelho, perdendo entre 3 e 5 pontos nos principais vencimentos, com o maio valendo US$ 3,72 e o julho, US$ 3,75 por bushel. Os futuros do cereal acompanharam as demais commodities, que foram severamente pressionadas pela despencada do petróleo, que caiu mais de 20%, e na defensiva à espera dos novos números do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) que chega nesta terça-feira (10/03) de março, no novo boletim mensal de oferta e demanda. No Brasil, os preços do cereal foram motivados pelo dólar, que subiu quase 2% neste início de semana e se aproximou dos R$ 4,80 em dia de intensa volatilidade e forte aversão ao risco.
Os principais vencimentos subiram entre 0,09% e 0,83%, levando o março a R$ 56,01 e o setembro a R$ 44,54 por saca de 60 Kg. No Porto de Paranaguá (PR), o indicativo, mais uma vez, fechou nos R$ 45,00 por saca de 60 Kg, enquanto no interior os ganhos em algumas praças chegaram a 2%. Apesar dos preços altos e sustentados, o ritmo de negócios, porém, ainda se mantém um pouco mais lento, com os vendedores evitando efetivar novas vendas agora. O mercado deve ter, nesta nova semana, um ritmo muito parecido que teve nas semanas anteriores, com poucos negócios, colheita fluindo em bom ritmo com o tempo ainda seco na Região Sul e em boa parte da Região Sudeste, favorecendo as máquinas entrarem nos campos.
Além disso, novos negócios também ficam limitados agora pela maior participação da soja nos portos brasileiros, e de melhores preços sendo observados no interior do país se comparados ao valores observados no interior do Brasil. Em São Paulo, na região Campinas, o milho está cotado a R$ 60,00 por saca de 60 Kg e leva os produtores a esperarem por oportunidades ainda melhores. No Rio Grande do Sul, as negociações continuam escassas, com o milho mostrando as ofertas na faixa dos R$ 48,00 por saca de 60 Kg e acima para o FOB, e os compradores pagando entre R$ 46,00 e R$ 47,00 por saca de 60 Kg CIF, mas com oferta abaixo dessa referência pelos grandes consumidores do Estado. Em Mato Grosso, os produtores seguem apontando que tem pouco da safra para negociar. Com níveis nominais de R$ 33,50 e R$ 43,00 por saca de 60 Kg no Estado para o FOB e níveis maiores próximo da Ferrovia.