04/Mar/2020
A comercialização de milho está em menor ritmo no mercado doméstico. Embora as cotações já estejam mais altas ante a semana anterior, há retração por parte dos vendedores, que preferem reter o grão disponível até que os preços estejam mais atrativos. Em Mato Grosso, os estoques limitados contribuem para a redução na oferta, mas lotes pontuais ainda são negociados. Na região de Campo Verde, há registro de negócios pontuais a R$ 42,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata e pagamento à vista. Com estoques enxutos na região, a oferta é escassa, já que a maioria dos produtores deve guardar o grão até maio. Os consumidores estão abastecidos até abril. O leilão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que vendeu 50 mil de toneladas na semana passada, contribuiu para amenizar a demanda.
Para a negociação antecipada do milho 2ª safra de 2020, a negociação é lenta. A indicação é de R$ 29,50 por saca de 60 Kg CIF para exportação e de R$ 30,00 por saca de 60 Kg FOB para consumo local, com embarque em julho e pagamento em agosto. Os produtores não fazem muita pressão para venda porque já negociaram boa parte da produção. Para a negociação antecipada da 2ª safra de 2021, há registro de negócios para exportação na região de Sorriso a R$ 29,00 por saca de 60 Kg CIF, para entrega em junho e pagamento em 30 de agosto. No Paraná, os produtores focam na entrega de contratos negociados antecipadamente e se mantêm atentos aos atrasos no plantio da 2ª safra de 2020 nos outros Estados.
Na região dos Campos Gerais, os compradores do mercado interno indicam R$ 46,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento à vista. Os vendedores reduzem a oferta depois de terem negociado bons volumes antes do Carnaval. A ponta vendedora também está atenta aos níveis dos futuros na B3. As indústrias mais abastecidas indicam entre R$ 47,00 e R$ 48,00 por saca de 60 Kg, para entrega no fim de março e meados de abril e pagamento 30 dias depois. Além da retração da oferta, os atrasos no plantio da 2ª safra de 2020 no Brasil e o desejo de compradores de esticar estoques até a chegada da 2ª safra são possíveis motivos para a elevação do preço. Na região norte do Paraná, a oferta é restrita. A indicação para exportação segue muito distante do mercado interno, o que, juntamente com a aceleração dos embarques de soja, explica o menor volume exportado de milho em fevereiro.