14/Fev/2020
A produção do etanol de milho está em expansão acelerada no Brasil. A União Nacional do Etanol de Milho (Unem) prevê que a produção de etanol de milho salte de 1,9 bilhão de litros/ano em 2019 para 4,0 bilhões de litros/ano nos próximos cinco anos, chegando a 8 a 9 bilhões de litros em 10 anos. Esse crescimento gera automaticamente novas demandas de mercado, entre elas fontes de energia, proporcionada em sua maioria, pela madeira. Com isso, o plantio de florestas deve crescer e muito nos próximos anos, especialmente no Mato Grosso, maior estado produtor do etanol de milho. Há um movimento recente junto a produtores agroindustriais que avaliam, dentre outras fontes, o eucalipto como cultura florestal para produção sustentável de biomassa e abastecimento de usinas de etanol de milho. Como na produção do etanol de milho não há o bagaço para fonte de energia, como a cultura da cana-de-açúcar, esse tipo de usina precisa de outra matéria-prima para abastecer as caldeiras.
Neste sentido, o setor florestal brasileiro já é tido como um dos mais competitivos para a produção de biomassa a partir de florestas plantadas. Desta maneira, cria-se mais uma oportunidade para o setor, como uma forte tendência de fornecer soluções e projetos florestais, principalmente no Mato Grosso, estado líder na produção de etanol de milho no país. 15 novas indústrias de produção de etanol de milho, seja flex (etanol misto) ou full (somente de milho), começarão a ser implantadas no país todo, em especial na Região Centro-Oeste. Essas usinas devem começar a puxar essa demanda de plantio florestal para suprir esse déficit futuro. Nesse contexto, o estado do Mato Grosso tem gerado uma série de programas de usinas de etanol de milho, o que o transforma em um mercado muito promissor na questão do plantio florestal. O movimento de produtores rurais de outras culturas, como a soja, já está no sentido de investir em florestas, com cultivo de eucaliptos em áreas marginais de plantação da soja e em busca de contratos com usinas futuras. Fonte: Cogo Inteligência em Agronegócio.