12/Fev/2020

A movimentação de milho está restrita pela disparidade de preços entre compradores e vendedores. Com o avanço da colheita na Região Sul do Brasil, os compradores pressionam o mercado, esperando se abastecer com a safra de verão (1ª safra 2019/2020), mas os vendedores seguem firme nas indicações. Em Mato Grosso do Sul, os compradores do mercado interno indicam R$ 41,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento em 30 dias. As indicações de compra registram queda nos últimos sete dias.

O mercado de milho perdeu o ritmo porque está mais regionalizado, com a colheita em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, pois isso influencia o preço FOB em Mato Grosso do Sul. Quanto à negociação antecipada da 2ª safra de 2020, os exportadores indicam R$ 36,00 por saca de 60 Kg no terminal ferroviário em Maringá (PR) e R$ 40,00 por saca de 60 Kg no Porto de Paranaguá (PR), para entrega em agosto e pagamento em setembro, valores que não atraem os vendedores. Para retirada em Dourados nos mesmos prazos, a indicação de compradores domésticos está entre R$ 31,00 e R$ 32,00 por saca de 60 Kg. A ponta vendedora tem expectativa de valores mais altos.

No Paraná, na região oeste, os compradores indicam R$ 45,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento em 30 dias. Começam a surgir ofertas de áreas que colhem safra de verão (1ª safra 2019/2020) no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Paraná, o que tem limitado a alta dos preços na região. Quanto à 2ª safra de 2020, a indicação de compra é de R$ 41,00 por saca de 60 Kg, para entrega em agosto e pagamento em setembro no Porto de Paranaguá, mas os vendedores desejam valores mais remuneradores.