05/Fev/2020
A comercialização de milho no mercado doméstico avança pontualmente, acompanhando a colheita da safra de verão (1ª safra 2020). No Rio Grande do Sul, a recusa dos compradores em negociar nos preços pedidos deixa o mercado meio travado. Em Mato Grosso, onde os preços propostos também cederam, a negociação não avança. Os agricultores do Estado estão concentrados na colheita da soja. No Rio Grande do Sul, na região de Passo Fundo, saem lotes pontuais direcionados para o mercado interno, destinados às fábricas de ração e criadores de suínos e de aves a R$ 46,00 por saca de 60 Kg FOB para entrega imediata e pagamento em 30 dias. Algumas indústrias fecham lotes a R$ 48,00 por saca de 60 Kg para os mesmos prazos. Na Serra Gaúcha, por causa da quebra da safra, os preços chegam a R$ 49,00 por saca de 60 Kg CIF.
Em Mato Grosso, na região de Primavera do Leste, saem negócios a R$ 38,50 por saca de 60 Kg para confinamentos com embarque imediato e pagamento em 28 de fevereiro. Para a 2ª safra de 2020, para entrega em junho e pagamento em 30 de agosto, os exportadores indicam R$ 28,00 por saca de 60 Kg. As exportações brasileiras de milho em janeiro totalizaram 2,293 milhões de toneladas, 41% abaixo do total embarcado em janeiro de 2019, de 3,863 milhões de toneladas. O recuo no volume embarcado reflete, em parte, a comercialização antecipada da 2ª safra de 2019, realizada ao longo do ano. Em 2019, os embarques atingiram volume recorde, de 43,2 milhões de toneladas. Na comparação com dezembro de 2019, quando os embarques de milho para o exterior somaram 4,366 milhões de toneladas, o volume exportado em janeiro foi 47% menor.