29/Jan/2020

A Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) vai pedir ao Ministério da Agricultura extensão de dez dias do prazo final para plantio de milho 2ª safra de 2020. Inicialmente, o setor produtivo do Estado havia pedido ao governo federal mais 20 dias além do prazo usual para semeadura do cereal. A prorrogação em 20 dias foi negada pelo Ministério da Agricultura, pelo Banco Central e pela Rede Zarc, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Nos próximos dias, a entidade reapresentará o pleito com a solicitação de extensão menor do prazo, a fim de dar uma maior segurança de plantio para o produtor, segundo o gerente de Desenvolvimento Técnico da Ocepar, Flávio Turra.

A entidade atribui a necessidade de estender o período para semeadura do cereal às condições climáticas adversas (altas temperaturas e falta de chuvas) que retardaram a semeadura e colheita da soja no Estado. A implantação das lavouras de milho safrinha ocorre após a retirada da soja do campo. O pedido de prorrogação será solicitado para todas as regiões do Estado, independentemente do zoneamento agrícola de risco climático. Embora alguns municípios tenham registrado atraso de até 50 dias no plantio da soja. As regiões mais afetadas pelo retardamento dos trabalhos de campo, sudoeste e oeste do Estado, têm plantio autorizado até 20 e 28 de fevereiro, respectivamente. Municípios do noroeste podem semear o cereal até 10 de março, enquanto a região de Maringá deve concluir o plantio até 20 de março.

Caso o prazo não seja estendido, a entidade espera que não haja recuo na área plantada, estimada inicialmente em 2,120 milhões de hectares, mas prevê perda de produtividade. Isso porque o cereal que é plantado mais tarde tem menor potencial produtivo e fica mais vulnerável à infestação de pragas e mudanças climáticas. Se o produtor não tiver amparo de crédito ou de seguro, ele reduzirá a tecnologia aplicada e, com isso, consequentemente, o rendimento diminuirá, segundo alerta a entidade. A Ocepar considera que uma menor produção na 2ª safra de milho pode comprometer o abastecimento interno do cereal para a indústria de carnes do Estado. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.