28/Jan/2020
A comercialização de milho no mercado doméstico perdeu força nos últimos dias. No sudeste do Mato Grosso, a necessidade urgente de granjas pequenas ainda movimenta lotes pontuais. Para prazos mais longos, exportadoras chegam a sugerir preços, mas agricultores estão fora do mercado, focados na colheita de soja. No Paraná, com a entrada da safra de verão, os compradores tentam reduzir preços, mas produtores não cedem. Em Mato Grosso, na região de Primavera do Leste, a referência nominal de compra é de R$ 39,00 por saca de 60 Kg para retirada e pagamento imediatos, mas agricultores pedem pelo menos R$ 40,00 por saca de 60 Kg.
Quanto à comercialização do milho 2ª safra, acordos são escassos porque o mercado demonstra mais interesse de compra do que de venda. Na região do Alto Araguaia, saem volumes a R$ 27,00 por saca de 60 Kg para entrega em julho e pagamento em agosto. Já em Primavera do Leste, as empresas exportadoras indicam R$ 28,00 por saca de 60 Kg para entrega em julho e pagamento em agosto. Há ofertas de compras a R$ 29,00 por saca de 60 Kg para entrega em julho e pagamento em outubro. Com aumento da demanda para exportação, as cotações subiram. Na outra ponta, no entanto, produtor segue resistindo à venda e prefere aguardar o início do plantio, já que pelo menos 60% dos contratos foram negociados a partir de setembro.
No Paraná, na região dos Campos Gerais, a indicação de grandes e pequenos compradores é de R$ 46,00 por saca de 60 Kg para retirada imediata e pagamento no fim de fevereiro e começo de março. Para março, entretanto, indústrias já indicam R$ 44,00 por saca de 60 Kg. No curto prazo, com a expectativa de mais áreas colhidas da safra de verão, os compradores podem manter a pressão sobre o mercado. Por outro lado, parte do primeiro milho que está saindo das lavouras deve ser destinada ao cumprimento de contratos. No norte do Paraná, há interesse de compra a R$ 47,00 por saca de 60 Kg.