24/Jan/2020

As movimentações no mercado interno de milho avançam nas regiões em que a colheita já começou ou se aproxima. No Paraná, apesar de parte da safra de verão (1ª safra 2019/2020) já estar negociada, saem lotes para pequenos e grandes compradores. Na região dos Campos Gerais, há registro de negócios a R$ 47,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata ou até começo de fevereiro e pagamento no fim de fevereiro e começo de março. Alguns compradores pressionam as cotações, indicando entre R$ 46,00 e R$ 46,50 por saca de 60 Kg, porém os vendedores não cedem.

Os grandes compradores já têm volumes a receber para fevereiro, março e abril e adquirem lotes para complementar estoques, às vezes adiando o prazo de embarque para os próximos meses. Mas, os vendedores que estão atuantes no mercado priorizam negócios para retirada imediata devido à chegada da safra de verão (1ª safra 2019/2020). Na região norte do Paraná, a oferta é escassa. Como a safra de soja deve atrasar, a ponta vendedora ainda retém o que resta de milho da 2ª safra de 2019 nos armazéns.

No Rio Grande do Sul, os preços divergem entre os compradores. As grandes indústrias estão fora do mercado ou indicam até R$ 45,00 por saca de 60 Kg CIF na Serra Gaúcha. Os pequenos compradores ainda desembolsam valores mais altos para se abastecer, conforme a necessidade. Na região de Passo Fundo, há registro de negócios pontuais a R$ 46,00 por saca de 60 Kg FOB.

Em Mato Grosso, onde restam poucos estoques no spot, a divergência de preço entre compradores e vendedores limita a comercialização. Na região de Rondonópolis, os compradores com necessidade mais urgente indicam até R$ 40,00 por saca de 60 Kg. Na região de Nova Mutum, a oferta é restrita e falta de acordo entre compradores e produtores limitam as negociações. Os compradores indicam R$ 38,00 por saca de 60 Kg, para retirada e pagamento imediatos.

Quanto à 2ª safra de 2020, a indicação de compra é de R$ 25,00 por saca de 60 Kg, para entrega em junho e pagamento em julho. As cotações vêm subindo quase R$ 1,00 por saca de 60 Kg a cada semana e, como os produtores já fecharam muitos contratos, comprometendo cerca de metade da safra, o mercado está esvaziado. Agora, eles se concentram na colheita de soja, que avança na região, e devem aguardar a conclusão do plantio da 2ª safra de 2020 de milho para retornar aos negócios.