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17/Jan/2020

Preços do milho firmes com risco na safra de verão

A comercialização de milho no mercado interno avança pouco. Em Mato Grosso do Sul, os preços não variam e só rodam lotes para consumo imediato. Os produtores preferem segurar o cereal até uma melhor avaliação do que deve ser a 2ª safra de 2020. Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, ocorrem negócios pontuais no mercado disponível a R$ 42,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento até o fim de janeiro. Os preços se mantêm nos últimos sete dias, sustentados por granjas pequenas que buscam cereal para consumo imediato no mercado regional.

Os produtores não têm pressa em vender, pois preferem segurar estoques de milho até a próxima colheita, que deve acontecer fora da janela, em agosto. O atraso é uma consequência da seca que atingiu o Estado entre setembro e novembro do ano passado e adiou em 30 dias o plantio da soja. Os compradores, por outro lado, devem ceder a partir de março e aceitar os preços indicados por vendedores para suprir necessidades. Quanto à negociação antecipada da 2ª safra de 2020, os compradores indicam entre R$ 30,00 e R$ 35,00 por saca de 60 Kg, para entrega em agosto e pagamento no fim do mês. Os produtores estão retraídos.

No Paraná, onde a colheita da safra de verão (1ª safra 2019/2020) começou e o mercado segue cauteloso diante da perspectiva de perdas da safra na Região Sul após prolongada estiagem. Na região de Ponta Grossa, há registro de negócios a R$ 46,00 por saca de 60 Kg FOB e a R$ 48,00 por saca de 60 Kg CIF para entrega em janeiro e pagamento entre o fim de fevereiro e início de março. Apesar da maior oferta em fevereiro e março, a quebra da safra após a estiagem na região pode sustentar os preços. Os compradores buscam esticar ao máximo os estoques do cereal. Para retirada em março e pagamento em abril, a indicação de compra é de R$ 44,00 por saca de 60 Kg.